Livros indicados por grandes personalidades

O que sai da Cartola Cultural essa semana é uma lista de livros a partir de indicações de grandes personalidades.

Uma das formas de saber o que pensa uma pessoa é conhecer as suas preferências de leitura. E entender um pouco como pensa figuras ilustres e admiráveis no campo da política, negócios, esporte, jornalismo e cinema certamente deve acrescentar algo para o desenvolvimento pessoal.

Outro aspecto positivo em conhecer as leituras de pessoas notáveis é que tal ato se torna uma ótima forma de buscar novas opções de leituras quando estamos sem muita ideia do que ler.

Confira abaixo as personalidades e alguns de seus livros preferidos.

Barack Obama

Barack Obama indicações de livros
Obama com frequência divulgava lista de livros que apreciou durante a estada na Casa Branca.. Crédito: Medium.

Advogado, político e escritor. O 44º presidente dos Estados Unidos sempre teve a leitura como um de seus principais entretenimentos e fonte de informação. Não era raro durante o seu período na presidência da nação mais importante do planeta, 2004-2017, divulgar listas sobre as suas leituras de cabeceira.

Segue alguns de seus livros preferidos.

Uma Curva no Rio

Autor: V.S Naipaul.

Editora: Companhia Das Letras.

 

O muçulmano Salim é um imigrante indiano que se estabelece num país africano recém-desocupado pelos colonizadores britânicos. Protagonista e narrador de Uma curva no rio, ele assiste à lenta degradação dessa sociedade depois que o Grande Homem, um líder populista e corrupto, assume o poder.

Atrás do balcão de seu armazém, num lugarejo imaginário localizado na curva de um rio, na Costa Leste da África, Salim testemunha o destino dos vários personagens que habitam a região: a “bruxa” Zabeth e seu filho Ferdinando, o padre católico, o intelectual branco da cidade e sua sofisticada mulher.

Comparado a “O coração das trevas”, de Joseph Conrad, “Uma curva no rio” examina com muita ironia o impacto da herança colonial e do fervor nacionalista no interior profundo do continente africano. O autor explora as contradições do contexto social e político da África pós-colonial por meio de um microcosmo que ilustra a dificuldade dos povos africanos em criar uma identidade coesa e forte.

Comentário de Obama:

Para o New York Times, o primeiro presidente negro dos EUA comentou que esse livro de V.S Naipaul o ajudava a refletir sobre temas espinhosos de política externa porque o fazia pensar na dureza do mundo. Também disse que era capaz de citar de cabeça a frase de abertura do livro:

“The world is what it is; men who are nothing, who allow themselves to become nothing, have no place in it”.

 

A Sexta Extinção

Autora: Elizabeth Kolbert.

Editora: Intrínseca.

Ao longo dos últimos quinhentos milhões de anos, o mundo passou por cinco brutais extinções em massa, nas quais sua biodiversidade caiu de maneira abrupta. Dessas, a mais conhecida foi a que eliminou, entre outros seres vivos, os dinossauros, quando um asteroide colidiu com o planeta há 65 milhões de anos. Atualmente, vem sendo monitorada a sexta extinção, que tem potencial para ser a mais devastadora da história da Terra. Mas, dessa vez, a causa não é um asteroide ou algo semelhante. Nós somos a causa.

Em “A sexta extinção”, a jornalista Elizabeth Kolbert explica de que maneira e por que o ser humano alterou a vida no planeta como absolutamente nenhuma espécie o fizera até hoje. Para isso, a autora lança mão de trabalhos de dezenas de cientistas nas searas mais diversas e vai aos lugares mais remotos em busca de respostas: de ilhas quase inacessíveis na Islândia até a vastidão da cordilheira dos Andes.

Neste livro, Kolbert apresenta ao leitor doze espécies — algumas desaparecidas, outras em vias de extinção — e, partir daí, chega à conclusão assustadora de que uma quantidade inigualável de animais está desaparecendo bem diante de nossos olhos. Ao mesmo tempo, a jornalista traça um panorama de como a extinção tem sido entendida pelo homem nos últimos séculos, desde os primeiros artigos sobre o tema, do naturalista francês Georges Cuvier, passando por Charles Lyell e Charles Darwin, até os dias de hoje.

Kolbert mostra que a sexta extinção corre o risco de ser o legado final da humanidade e nos convida a repensar uma questão fundamental: o que significa ser humano?

Esse livro fez parte de uma lista divulgada para a revista Wired pouco antes de deixar a Casa Branca.

O Problema dos Três Corpos

Autora: Cixin Liu.

Editora: Suma.


China, final dos anos 1960. Enquanto o país inteiro está sendo devastado pela violência da Revolução Cultural, um pequeno grupo de astrofísicos, militares e engenheiros começa um projeto ultrassecreto envolvendo ondas sonoras e seres extraterrestres. Uma decisão tomada por um desses cientistas mudará para sempre o destino da humanidade e, cinquenta anos depois, uma civilização alienígena a beira do colapso planeja uma invasão. O problema dos três corpos é uma crônica da marcha humana em direção aos confins do universo. Uma clássica história de ficção científica, no melhor estilo de Arthur C. Clarke. Um jogo envolvente em que a humanidade tem tudo a perder.

Comentário Obama:

Novamente para o New York Times, comentou a respeito desse primeiro volume da trilogia de ficção científica de Cixin Liu:

“Foi divertido de ler, em parte porque meus problemas diários com o Congresso parecem bastante insignificantes. Aliens estão prestes a invadir!”

 

Bill Gates

Bill Gates sugestões de leituras
Os livros recomendados de Bill Gates. Crédito: Época.

O bilionário empreendedor que transformaria o mundo a partir de seu inventor mais famoso, o computador pessoal (PC) e fundador, junto com Paul Allen, de uma das empresas produtoras de software mais famosa do planeta: Microsoft.

Gates, além de empreendedor e ativista social, também já publicou diversos livros e gosta de recomendar leituras em seu site pessoal.

Veja algumas delas a seguir.

Origin Story: A Big History of Everything

Autor: David Christian.

Sem edição em português.

Essa indicação de leitura de Bill Gates trata sobre a história do Big Bang até os dias atuais relacionando ideias e evidências colhidas em diferentes áreas do conhecimento.

Na edição da Dorling Kindersley Uk, estampado na capa, há o comentário de Gates:

“Big History Provides a Framework for understanding literally all of history ever”

“A Grande História (livro) fornece uma estrutura para entender literalmente toda a história”.

Ele também publicou esse comentário sobre a obra:

“Esse livro te fará apreciar melhor o lugar que a humanidade ocupa no Universo”.

Segue a sinopse em inglês:

Understand how and why we got where we are today with Big History.

From the formation of our universe to the present day, countless major events have changed the course of life on Earth. Big History brings together an incredible range of perspectives, using multiple disciplines including physics and sociology to bring us the story of 13.8 billion years of remarkable history. With a foreword by TED speaker Professor David Christian, Big History is a truly unique look at the history of the world.

Aligned with the online Big History Project, supported by Bill Gates, Big History puts a wide-angle lens on history, and uses stunning visual timelines and special CGI reconstructions to show you history’s greatest events like never before. Look back to our origins in the stars, and explore everything from the birth of the sun to modern technology, and what the future holds for humans.

The perfect gift for everyone interested in every aspect of history, Big History presents the history of the world as you’ve never seen it.

Everything Happens for a Reason: And Other Lies i’ve Loved

Autora: Kate Bowler.

Sem edição em português.

O relato de uma professora americana na Carolina do Norte após ter sido diagnosticada com câncer avançado no cólon.

Comentário de Bill Gates:

“O resultado é uma obra dolorosa e surpreendentemente engraçada sobre a fé e como lidar com sua própria mortalidade”.

Sinopse:

Kate Bowler is a professor at Duke Divinity School with a modest Christian upbringing, but she specializes in the study of the prosperity gospel, a creed that sees fortune as a blessing from God and misfortune as a mark of God’s disapproval. At thirty-five, everything in her life seems to point toward “blessing.” She is thriving in her job, married to her high school sweetheart, and loves life with her newborn son.

Then she is diagnosed with stage IV colon cancer.

The prospect of her own mortality forces Kate to realize that she has been tacitly subscribing to the prosperity gospel, living with the conviction that she can control the shape of her life with “a surge of determination.” Even as this type of Christianity celebrates the American can-do spirit, it implies that if you “can’t do” and succumb to illness or misfortune, you are a failure. Kate is very sick, and no amount of positive thinking will shrink her tumors. What does it mean to die, she wonders, in a society that insists everything happens for a reason? Kate is stripped of this certainty only to discover that without it, life is hard but beautiful in a way it never has been before.

Frank and funny, dark and wise, Kate Bowler pulls the reader deeply into her life in an account she populates affectionately with a colorful, often hilarious retinue of friends, mega-church preachers, relatives, and doctors. Everything Happens for a Reason tells her story, offering up her irreverent, hard-won observations on dying and the ways it has taught her to live”.

 

Leonardo Da Vinci

Autor: Walter Isaacson.

Editora: Intrínseca.

 

A biografia definitiva do mestre Leonardo da Vinci, assinada pelo autor dos best-sellers Steve Jobs: A biografia e Einstein: sua vida, seu universo.

Com base em milhares de páginas dos impressionantes cadernos que Leonardo manteve ao longo de boa parte da vida e nas mais recentes descobertas sobre sua obra e sua trajetória, Walter Isaacson, biógrafo de Einstein e Steve Jobs, tece uma narrativa que conecta arte e ciência, revelando faces inéditas da história de Leonardo. Desfazendo-se da aura de super-humano muitas vezes atribuída ao artista, Isaacson mostra que a genialidade de Leonardo estava fundamentada em características bastante palpáveis, como a curiosidade, uma enorme capacidade de observação e uma imaginação tão fértil que flertava com a fantasia.

Leonardo criou duas das mais famosas obras de arte de todos os tempos, A Última Ceia e Mona Lisa, mas se considerava apenas um homem da ciência e da tecnologia — curiosamente, uma de suas maiores ambições era ser reconhecido como engenheiro militar. Com uma paixão que às vezes se tornava obsessiva, ele elaborou estudos inovadores de anatomia, fósseis, o voo dos pássaros, o coração, máquinas voadoras, botânica, geologia, hidráulica, armamentos e fortificações. A habilidade para entrelaçar humanidades e ciência, tornada icônica com o desenho do Homem vitruviano, fez dele o gênio mais criativo da história.

Filho ilegítimo, à margem da educação formal, gay, vegetariano, canhoto, distraído e, por vezes, herético, o Leonardo desenhado nesta biografia é uma pessoa real, extraordinária pela pluralidade de interesses e pelo prazer que tinha em combiná-los. Um livro indispensável não só pelo caráter único de representar integralmente o artista Leonardo, mas como um retrato da capacidade humana de inovar, da importância de não apenas assimilar conhecimento, mas ter a disposição para questioná-lo, ser imaginativo e, como vários desajustados e rebeldes de todas as eras, pensar diferente.

Comentário de Bill Gates:

“Isaacson fez o melhor trabalho que já vi por reunir os diferentes aspectos da vida de Leonardo e mostrar o que o tornou excepcional”.

Vale destacar que Isaacson é tido como o maior biógrafo de sua geração e teve seus últimos trabalhos muito elogiados pela crítica, como Benjamin Franklin – Uma vida americana -, Einstein: Sua vida, Seu Universo e o Best-Seller internacional Steve Jobs.

Cristiano Ronaldo

Cristiano Ronaldo lendo livro
Cristiano Ronaldo apreciando uma leitura antes de jogo decisivo.

O jogador de futebol do momento, sete vezes eleito o melhor atleta do mundo em sua modalidade (e favorito novamente este ano) e mais novo integrante da família da “Velha Senhora”, o português Cristiano Ronaldo.

O Sucesso não Ocorre por Acaso

Autor: Lair Ribeiro.

Editora: Objetiva.


Antes da final da Champions League do ano passado, onde o Real Madrid se sagrou campeão ante a Juventus de Turim, Cristiano Ronaldo publicou em sua conta no Instagram um momento de relaxamento: encostado no sofá, apreciando um cafezinho e lendo o livro do brasileiro Lair Ribeiro, O sucesso não ocorre por acaso.

Confira a sinopse:

Somos a força criadora de nossa vida. Comece já a escrever a sua história com as cores do sucesso, conquistando aquilo que você realmente deseja.

Ouse fazer, o poder lhe será dado!

 

Eliane Brum

Eliane Brum sugestões de leituras
As recomendações de leitura de Eliane Brum. Crédito: A Tarde.

Jornalista, escritora e documentarista. Na primeira faceta assinalada, ganhou mais de quarenta prêmios nacionais e internacionais, dentre eles, Esso, Vladimir Herzog e Troféu Especial de Imprensa ONU.

Como escritora, foi laureada como escritora revelação pelo livro reportagem Coluna Prestes: o avesso da lenda, Editora Artes e Ofícios, 1994; finalista dos prêmios Portugal Telecom, São Paulo de Literatura e Jornada Nacional de Literatura pelo romance Uma Duas e novamente vencedora do Prêmio Açorianos, mas na categoria de melhor livro do ano pela publicação de A Menina Quebrada.

No papel de documentarista, obteve destaque com Uma Vida Severina, em parceria com Debora Diniz, vencedor de 17 prêmios nacionais e internacionais.

Sem dúvida currículo que a coloca como uma das grandes personalidades de nossa geração e uma referência em jornalismo. Em uma reportagem cedida ao Portal Imprensa, e reproduzida pelo blog Jornalismo Literário, Eliane indicou uma lista de livros que todo jornalista deveria ler.

Veja alguns deles a seguir.

As Ilusões Perdidas

Autor: Honoré de Balzac.

Editora: Penguin.

Por volta de 1830, aos trinta e poucos anos de idade, Honoré de Balzac elegeu seu projeto de vida: escrever uma série de romances, novelas e contos que retratasse a sociedade de sua época em todos os seus aspectos, um retrato abrangente da vida francesa que, segundo o autor, realizaria pela pena o que “Napoleão não conseguiu concluir pela espada”. E, caso esse ambicioso panorama tenha um centro, este necessariamente deve ser Ilusões perdidas, o mais extenso dos romances escritos por Balzac.

Publicado em três partes entre 1837 e 1843, Ilusões perdidas explora com maestria três aspectos fundamentais para compreender a sociedade francesa do século XIX: os jogos de poder e intriga das classes aristocráticas, o contraste entre a vida na capital e na província e o lado sujo – cínico e politiqueiro – da atividade jornalística. Tudo isso através da história do poeta Lucien de Rubempré, que sai da pequena cidade de Angoulême para buscar fortuna e consagração literária em Paris apenas para ver, um a um, seus sonhos caírem por terra.

A Marca Humana

Autor: Philip Roth.

Editora: Companhia Das Letras.

Neste clássico da literatura contemporânea, Phili.p Roth retrata um professor universitário vitimado por uma injusta acusação de racismo

Coleman Silk, professor de letras clássicas numa universidade da Nova Inglaterra, aos setenta anos se vê obrigado a pedir exoneração e a se afastar do meio acadêmico. O motivo é uma acusação de racismo. Coleman empregou uma palavra de duplo sentido ao se referir a alunos que não compareciam às aulas. Ignorava serem negros, pois nunca os tinha visto, e portanto não atinou que suas palavras poderiam ser tomadas como ofensa. Virá em seguida uma acusação de abuso sexual contra uma faxineira que trabalha no campus.

A ideologia do politicamente correto tomou o poder na universidade e disparou sua artilharia contra o velho professor judeu, que agora, como no passado, se recusa a sujeitar-se aos padrões dominantes.

Execrado publicamente, Coleman trava contra a faculdade uma batalha humilhante. O ambiente carregado de ódio recrudesce quando o ex-marido da faxineira, um veterano da Guerra do Vietnã mentalmente perturbado, cruza seu caminho. O ciúme se mistura ao rancor, por ser Coleman intelectual, velho e judeu. Perdido na névoa de um delírio homicida, o veterano encarna os piores pesadelos americanos, com os quais Coleman terá de ajustar contas.

Mas o mesmo professor que antes revolucionara a faculdade e se fizera admirar pela audácia guardou um segredo por cinco décadas. Nem a esposa nem os filhos conheceram sua verdadeira origem racial, pois aos vinte anos, ao entrar na marinha, Coleman Silk descobriu que ela não era evidente e que podia manobrá-la. A marca humana, entretanto, não se apaga. Não há destino, individual ou coletivo, capaz de pôr-se a salvo dos seus vestígios.

Ao lado de “Pastoral americana” e “Casei com um comunista”, este romance compõe a grande trilogia de Philip Roth sobre a vida na América do pós-guerra — um painel impressionante em que indivíduos de grande vigor moral e intelectual são assolados por forças históricas fora de controle.

 

Fama & Anonimato

Autor: Gay Talese.

Editora: Companhia Das Letras.

No início dos anos 60, o repórter Gay Talese saiu pela ruas de Nova York e descobriu uma segunda Estátua da Liberdade, cuja única função seria confundir os desavisados. Constatou também que os nova-iorquinos piscavam em média 28 vezes por segundo; que sob chuva o movimento do comércio caía de 15% a 20%, mas menos gente se matava nesses dias; que um mergulhador ganhava a vida recuperando objetos perdidos no fundo da baía de Nova York; que as prostitutas promoviam anualmente um baile em homenagem aos cafetães da cidade, e que as faxineiras do Empire State encontravam mais ou menos 5 mil dólares por ano nas 3 mil salas do edifício.

Fama e anonimato está repleto de informações assim: aparentemente inúteis, mas que, nas mãos de um escritor de primeira categoria, imprimem a textura real da cidade e o rosto de seus habitantes. Nas três séries de reportagens reunidas neste livro – a primeira, sobre o estranho universo urbano que é Nova York; a segunda, sobre a saga da construção da ponte Verrazzano-Narrows, e a terceira, sobre artistas e esportistas americanos -, Talese abriu a picada do que mais tarde seria batizado de “novo jornalismo” ou jornalismo literário, um tipo de reportagem que alia um texto de alta qualidade a um olhar que foge aos lugares-comuns.

Foi esse espírito de observação que levou Gay Talese a escrever um perfil considerado exemplar pela leveza e audácia com que foi feito: “Frank Sinatra está resfriado”. Nesse texto, incluído na terceira parte do livro, o repórter faz um retrato certeiro do cantor, sem que tenha conseguido entrevistá-lo.

Publicado no Brasil pela primeira vez em 1973, sob o título Aos olhos da multidão, o livro se tornou uma raridade disputada em sebos. Esta nova edição traz dois textos inéditos em livro, que narram a feitura do perfil de Sinatra e das matérias sobre a ponte Verrazzano-Narrows, além de um posfácio do jornalista Humberto Werneck.

 

Woody Allen

Woody Allen Machado de Assis
As indicações de leituras de Woody Allen. Crédito: Gazeta AM.

Cineasta de uma porrada de filmes como Annie Hall, Zelig, Broadway Danny Rose, escritor, teatrólogo e ator multipremiado. Genialidade, versatilidade, humor e polêmica. Woody Allen.

Segue alguns livros apreciados publicamente pelo famoso cineasta:

O Apanhador no Campo de Centeio

Autor: J.D. Salinger.

Editora do Autor.

Sim, o romance que ganhou projeção mundial por causa do assassinato de John Lennon, mas é uma obra que desde a sua publicação teve boa recepção de crítica. Acresce que é o único romance de Salinger.

Segue sinopse:

 O adolescente Holden Caufield, narra as aventuras pela estrada até as ruas noturnas de Nova York. A viagem não é apenas externa, mas, principalmente, pelo interior do jovem em um período crucial do desenvolvimento, que separa a meninice da idade adulta.

Este romance é famoso pela acusação infundada de estimular o comportamento psicótico nos jovens. Entrou para a lista dos cem melhores livros do século 20, resultado de votação organizada pelo caderno “Mais!” da Folha em 1999.

Comentário de Woody Allen:

“‘Middlemarch’ ou ‘Sentimental Education’ é trabalho, enquanto que O ‘Apanhador no Campo de Centeio’ é puro prazer. O autor é uma carga de entretenimento. Salinger cumpriu essa obrigação a partir da primeira sentença em diante”.

 

Elia Kazan: A Biografia por Richard Schickel

Sem edição em português.

Biografia do diretor de Uma Rua Chamada Pecado, Sindicato dos Ladrões e Vidas Amargas, publicada em 2005.

Sinopse:

Few figures in film and theater history tower like Elia Kazan. Born in 1909 to Greek parents in Istanbul, Turkey, he arrived in America with incomparable vision and drive, and by the 1950s he was the most important and influential director in the nation, simultaneously dominating both theater and film. His productions of A Streetcar Named Desire and Death of a Salesman reshaped the values of the stage. His films — most notably On the Waterfront — brought a new realism and a new intensity of performance to the movies. Kazan’s career spanned times of enormous change in his adopted country, and his work affiliated him with many of America’s great artistic moments and figures, from New York City’s Group Theatre of the 1930s to the rebellious forefront of 1950s Hollywood; from Katharine Hepburn and Spencer Tracy to Marlon Brando and James Dean.

Ebullient and secretive, bold and self-doubting, beloved yet reviled for “naming names” before the House Un-American Activities Committee, Kazan was an individual as complex and fascinating as any he directed. He has long deserved a biography as shrewd and sympathetic as this one.

In the electrifying Elia Kazan, noted film historian and critic Richard Schickel illuminates much more than a single astonishing life and life’s work: He pays discerning tribute to the power of theater and film, and casts a new light on six crucial decades of American history.

Comentário de Allen:

“Os livros de showbusiness geralmente não valem à pena ler. São tolos e superficiais. Mas este é um livro fabuloso. O que você achar de Kazan politicamente, não tem nada a ver com o fato de que o cara foi um grande diretor”.

 

Memórias Póstumas de Brás Cubas

Autor: Machado de Assis.

Editora: Penguin.


Isso mesmo. Não leu errado. Nosso bom e velho Machado é prestigiado tanto aqui como internacionalmente e Allen comentou que ficou “chocado ao ver quão encantador e divertido que era o livro”.

Sinopse:

Nova edição do clássico de Machado de Assis com o apuro editorial da coleção Penguin-Companhia

Em 1881, Machado de Assis lançou aquele que seria um divisor de águas não só em sua obra, mas na literatura brasileira: Memórias póstumas de Brás Cubas. Ao mesmo tempo em que marca a fase mais madura do autor, o livro é considerado a transição do romantismo para o realismo. Num primeiro momento, a prosa fragmentária e livre de Memórias póstumas, misturando elegância e abuso, refinamento e humor negro, causou estranheza, inclusive entre a crítica.

Com o tempo, no entanto, o defunto autor que dedica sua obra ao verme que primeiro roeu as frias carnes de seu cadáver tornou-se um dos personagens mais populares da nossa literatura. Sua história, uma celebração do nada que foi sua vida, foi transformada em filmes, peças e HQs, e teve incontáveis edições no Brasil e no mundo, conquistando admiradores que vão de Susan Sontag a Woody Allen. Esta edição reproduz o prólogo do próprio autor à terceira edição do livro, em que ele responde às dúvidas dos primeiros leitores. Traz ainda prefácio e notas de Marta de Senna, cocriadora e editora da revista eletrônica Machado de Assis em Linha, e Marcelo Diego, pesquisador da obra de Machado na Universidade Princeton.

Mais de Woody Allen:

“Você poderia pensar que ele escreveu o livro ontem, ele é tão moderno e engraçado. É um trabalho muito, muito original, que fez soar algo dentro de mim, da mesma forma que O Apanhador no Campo de Centeio. Ambos falam de temas que eu aprecio, com perspicácia e sem sentimentalismo”.

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